QUARENTA E NOVE
São quase cinquenta
Os anos de delírio
De devaneio, de colírio
Só por vê-la ao meu lado.
E não importa se esquenta
Se a língua ferina corta
Nem se a razão jamais pertença
A mim que tenho a crença
De que vale mesmo a sua presença,
Ainda que seja com a braveza,
Que exaspera a sua beleza,
Mas que me deixa a certeza
A cada dia que se renove
Do acerto da minha escolha
Que o tempo já encheu de anos
E agora são quarenta e nove.
Joffre Sandin
05/03/2015
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