Publicado em 08/05/2020

MULTIUNIVERSO

Com o passar do tempo,
A gente encontra mais tempo
Na soma de horas do dia a dia
Para se impregnar de Filosofia.

Não sei se os cabelos maduros
Vão nos tornando menos duros
Para superar contratempos,
Renovando-nos de tempos em tempos.

Com o constante passar do tempo
Cada vez mais tempo nos sobra
A pensar:- na verdade, há quanto tempo
Iniciou o Criador sua inconclusa obra?

Cientistas falam na “partícula de Deus”
A fazer do “Big-Bang” a ignição
Quem sabe, Deus, à solidão dando adeus,
Ao explodir do nada imensurável vão,

Buscando no inverso do reverso
O surgimento do próprio anverso
Que, fantasticamente se torna verso,
E, enfim, converte-se em Universo.

E aí, ampliando-se o constante pensar,
Ciência, Fisica, Química – tudo se alia,
A se mesclar e cotejar com a Filosofia,
Pondo o pensante em contínuo divagar…

Não se encontram pontos incontroversos,
Pense-se em uma ou mais dimensões,
Vê-se que a Ele não faltaram razões,
Para ciar um, dois ou mais Universos.

Talvez, para que os seres possam migrar
No Multiuniverso, de um para outro mudar,
Quem sabe, por aquele mesmo Portal:
– o que exige do homem que seja mortal…

Joffre Sandin

Publicado em 08/05/2020

TANGO

A cada un, una história
Que se busca em la memoria
Y se pone a deslizar
Romantica pareja a danzar..

Con sus cuerpos en justos lazos
Arrastrandose en ardientes pasos
Recurriendo todo el salon
Y a latir fuerte cada corazon…

Lindo acto de amor bailante
Se mezclan a cada instante
Brazos conduciendo la mujer,
Piernas a se tocar por querer…

Y se van entre abrazos se amando
A cambiar sus passos danzando
Así , rozandose em toques sensuales
En sus mentes solo el plazer, sin males…

Hombre , mujer y su desear
Que se puede ver en cada mirar
Mientras que a todos encantan
Y con sus movimientos se avanzan…

Musica lhena toda de amor
Mismo que se venga del dolor
Esto es el tango desnudado
Y por eso siempre tan amado…

Joffre Sandin

Publicado em 08/05/2020

TRANCENDENTAL PAIXÃO (SOMOS TODOS CORINTHIANOS)

Não há o que justifique e nem é um problema,
Impressão que é única de qual lado se esteja,
Quando todos se envolvem num mesmo dilema,
Seja ódio ou amor a sensação que sobeja.

Sem saber bem porque, há aqueles que amam,
E sabendo porque, também há os que odeiam…
Quem detesta tem horror de saber da vitória,
E quem ama só pensa em construir a história.

Por que odiar e por que amar tanto?
Essa mescla de raiva e afeto, é sublime.
Luta empolgante que a ninguém exime,
Do sofrer, do querer, do viver e do pranto.

Pouco importa o tempo, o lugar, o momento,
Em metades iguais parte-se o sentimento,
Para uns é fascínio, é calor, é encanto,
Para os outros é inveja, é dor, desencanto.

Não se pode explicar como o foco de tudo,
Seja um time, uma equipe, um conjunto de gente,
Com camisa, uniforme; tudo muito atraente,
E a glória da garra em defesa do escudo.

Há, também, lindo hino que a todos embala,
E outras músicas que brotam da fé da torcida,
Bando louco que chora e que ri pela vida
E nem diante da perda se dobra ou se cala.

Paira acima de tudo, não há bem e nem mal,
É uma fábula, é uma lenda alcunhada Timão.
Não se sabe o que, nem porque da razão
Da existência de senso tão transcendental.

Loucura a encher até mentes mais sãs,
É louvor, oração, reza brava e umbanda,
De uma parte, de outra, desta ou daquela banda,
Prá que perca ou vença, preces certas ou vãs.

Todo peito que, dentro, traga um coração,
A bater muito forte, no sentido que for,
Sangue quente fervendo de ódio ou amor,
Tem por ti, meu Corinthians, a mesma paixão!

Autoria de
Joffre Sandin

Publicado em 18/11/2019

NÃO SEI SE SOU

NÃO SEI SE SOU

Olho ao meu redor, reflito, mas não sei se sou…

No céu, na terra e até no chão,

Donde brota a água que o morro desce,

Cortando valas, rasgando o vão,

Rompendo fendas, caudal que cresce

Sem resistência sempre a buscar

As águas verdes do azul do mar.

 

Vida lutada por ser vivida,

É luta ganha ou é perdida.

Beleza vista com alegria,

Tristeza pura que é nostalgia,

Na rua crua dos deprimidos,

Que os torna frios – até bandidos.

.

Do sofrimento que é emoção

Da ternura aflita do querer em vão,

À sensação incrível do sentir amor,

Inda que às vezes lacerante dor,

Mas que, atrevida, conquista a alma,

Destruindo o senso, o zelo, a calma.

 

As cores, os sons, os bons e os maus,

Obstáculos, barreiras, estorvos, degraus,

Caminhos retos, tortos ou com desvios,

A se percorrer serenos, ou aos desvarios,

Assim escolhemos os nossos trilhos

E neles crescem os nossos filhos.

 

E, como vemos, já tudo existe,

De nada importa se alegre ou triste,

A arte é viva e à frente está,

Em qualquer ponto… Aqui ou lá,

É só o homem que a quer achar

Saber ver, saber sorrir e saber chorar.

 

Mas, dentre eles, há o que sente

Em cada coisa, vida ou mente,

Tudo que emana da dor profunda,

E o que emerge do amor que inunda

A alma que é aura do que é ser

Humano herdeiro de aqui viver.

 

Aos mais sensíveis Deus deu os dons,

Pra extrair da vida os sons,

Somando notas, enchendo pautas,

Em suas mentes as melodias.

Alternam acordes em sinfonias,

Navegam músicas de que são nautas.

 

Outros, então, do mundo as cores

Prendem nas telas em seus matizes,

Com seus pincéis e seus pendores,

Dão vida à vida, criam raízes,

Tiram do tempo os elementos,

Pintam a lida em seus momentos.

 

E os poetas…O que eles fazem?

Juntando letras, palavras, frases,

Escavam o íntimo do que existe,

Lá encontrando o que é triste,

Desde o complexo dos incapazes

Ao orgulho tolo que os tolos trazem.

 

Com o amor produzem versos,

Muitos sofridos se de amor reversos,

Rima constante de uma paixão

É, quase sempre, uma traição.

Amam e odeiam em fantasia,

Sentimentos gêmeos numa poesia.

 

Mas como expor sem ter receio,

Tudo o que sinto em devaneio,

Tudo o que explode em minha mente,

O que flutua num mar ardente,

Das coisas da vida, que a vida mostrou,

Do sentimento puro que ainda restou?

 

Só mesmo tentando ser o que não sei se sou.

 

 

Joffre Sandin

16/12/2007

 

 

Publicado em 18/11/2019

MULTIUNIVERSO

Com o passar do tempo,
A gente encontra mais tempo
Na soma de horas do dia a dia
Para se impregnar de Filosofia.

Não sei se os cabelos maduros
Vão nos tornando menos duros
Para superar contratempos,
Renovando-nos de tempos em tempos.

Com o constante passar do tempo
Cada vez mais tempo nos sobra
A pensar:- na verdade, há quanto tempo
Iniciou o Criador sua inconclusa obra?

Cientistas falam na “partícula de Deus”
A fazer do “Big-Bang” a ignição
Quem sabe, à solidão dando adeus,
Explodindo do nada imensurável vão,

Buscando no inverso do reverso
O surgimento do próprio anverso
Que, fantasticamente se torna verso,
E, enfim, converte-se em Universo.

E aí, ampliando-se o constante pensar,
Ciência, Fisica, Química – tudo se alia,
A se mesclar e cotejar com a Filosofia,
Pondo o pensante em contínuo divagar…

Não se encontram pontos incontroversos,
Pense-se em uma ou mais dimensões,
Vê-se que a Ele não faltaram razões,
Para ciar um, dois ou mais Universos.

Talvez, para que os seres possam migrar
No Multiuniverso, de um para outro mudar,
Quem sabe,  por aquele mesmo Portal:
– o que exige do homem que seja mortal…

Joffre Sandin
31/05/2019

Publicado em 22/02/2018

A RAINHA DAS PIZZAS

A RAINHA DAS PIZZAS
(MARGHERITA)

No campo a semente,
É o trigo dourado,
Colhido por gente,
Vai ser esmagado,
Com grande carinho,
Bem lá no moinho.

Dia frio ou dia quente,
Enorme alagado,
Água fria envolvente,
Com gosto salgado,
De lá, com jeitinho,
Se extrai sal marinho.

Tem grande caroço,
De polpa coberto,
Nasceu sem pescoço,
Mas gosto bem certo,
A oliva é origem
Do azeite extravirgem.

Da fonte o fluido,
Claro e transparente,
É água e tem sido
Mais um componente,
A ligar toda a massa,
Como pão que se amassa.

E aqui, ainda falta,
Uma leve pitada,
De cana bem alta,
Folha verde e delgada,
Açúcar docinho,
Mas, só um pouquinho.

Então começamos
A pensar em recheio,
Tomate buscamos
E cortamos ao meio,
Saem pele e semente,
Com gelo e água quente.

E agora só resta
A polpa macia,
È só o que presta
Enchendo a bacia.
É este o conselho
Pro molho vermelho.

Do curral ouço o berro,
É búfala leiteira,
Tiro leite e não erro,
Na ordenhadeira.
Dali para a usina,
De queijo, é oficina.

Azeda e fermenta,
E em massa se torna,
Se esfria e se esquenta,
Água fria e água morna,
Branca e não amarela,
Surge a “mozzarella”.

Do verde da horta,
Vêm lindas folhinhas,
O cheiro é o que importa,
Das lindas plantinhas,
Manjericão o seu nome,
É o sabor que se come.

E agora chegamos
Ao toque final,
O forno bem quente
Dá o tom magistral,
Redonda e bonita…
Ai está a Margheritta.

Publicado em 22/02/2018

COMECEI A ESCREVER

COMECEI A ESCREVER

Comecei a escrever…
Não sei se tenho pendores,
Mas tenho história
E pendurados em minha memória,
Muita vida, algumas dores, grandes amores.

Comecei a escrever…
Quero do singelo me lembrar,
Do pobre, do remediado, do rico,
Do reto, do falso, do mico,
Do sujo e também do limpo,
De viver quero falar.

Comecei a escrever…
Não sei se sei,
Mas quero tentar!

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